sábado, 22 de outubro de 2011

Minha história


Eu sou a Clarice, a menina que adora porquinhos, tenho 12 anos, gostaria de compartilhar com todos essa história, além de fazer parte da minha vida, ajudará muita gente. Um dia, apareceu um carocinho na minha perna O médico examinou e descobriu que havia algo errado na minha fábrica de sangue. Então, eu fiquei com muito medo, muita raiva, não entendia porque aquilo estava acontecendo comigo. Entrei num hospital e havia tantos médicos em minha volta, alguns analisando, outros conversando com minha mãe e eu ali sem entender muita coisa, sabia que havia algo muito errado. O meu braço foi furado muitas vezes. Não suportava ver as agulhas, gritei muito, assustei a todos e todos diziam: “É só mais uma furadinha!” Fiquei presa numa cama, cheia de eletrodos, veia puncionada, assim ficou a minha vida. Não podia nada, não podia amigos, não podia bichos, não podia correr, não podia ir à escola e quando não estava no hospital não podia sair, só para ir ao médico. O remédio que eu tomava, além de matar os bichinhos bobos, matava os que me faziam bem. Não tinha escolha, precisava enfrentar todas as agulhadas. Comecei a notar que o remédio que eu tomava podia me curar. Comecei a notar que as agulhas não eram minhas inimigas. Fui aceitando tudo o que não podia e o que já não mais tinha. Um dia a minha tristeza percebeu que a minha alegria de viver era muito maior. A doença não conseguiu de todo acabar com a minha alegria, descobri que tem gente que já nasce com a felicidade dentro e essa felicidade ninguém é capaz de tirar. Descobri que junto com a quimioterapia é preciso doses de amor, solidariedade, fraternidade e fé. Sem essas armas, o corpo se entrega e não adianta nenhum remédio. Hoje me trato no Instituto Nacional do Câncer. Lá, tem um andar só para as crianças, tem uma sala de brincar e há passeios, festas e muito amor. Há pessoas que trabalham sem receber nenhum dinheiro, são os INCAS voluntários, dão alegria a todas as crianças que ali passam. A vida é feita de solidariedade: Doe sempre que puder! Sempre há uma forma de ajudar: Doe seu sangue, seu tempo, seus estudos, seu amor, sua Medula, uma verba para a Fundação do Câncer. Guerreiros somos nós que enfrentamos as doenças e também todos que de alguma forma salvam vidas.

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