quarta-feira, 14 de julho de 2010

De volta para casa

Hoje tive alta do hospital e já estou em casa, os oito dias passaram voando. Foram muitos remedios e soro pelo cateter, uma agulhada nas costas e alguns exames de sangue; ainda bem que nao tive enjôos nem problemas na boca. Meu apetite diminuiu mas quando é algo que eu gosto muito, daí como tudo. Outro dia comi um estrogonofe maravilhoso feito pela minha mãe. Por causa dos medicamentos, fico com meu organismo sem proteçao nenhuma por isso que tenho que ficar quietinha sem muitas visitas. Aproveito para curtir os meus jogos, meus livros. Ah, vcs nao vao acreditar, o Ziraldo enviou do Rio de Janeiro uma caixa enorme com muitas revistas e livros do Menino Maluquinho, alguns estão autografados. Eu fiquei muito feliz. Um outro motivo que me deu muita felicidade foi a presença da minha tia Verinha. ela ficou comigo quase o tempo todo e dormiu todos os dias no hospital. De noite sempre era uma farra, jogávamos buraco, Uno e rámos muito. Aprendi tanta coisa no hospital que resolvi virar a Doutora Docinho, agora tenho uma maletinha e faço curativos com muita assepsia. Se vcs quiserem tiro sangue também. Já estou até pensando em estudar Biomedicina. Mas ao mesmo tempo quero ser estilista. A minha idéia será fazer minha própria roupa. Desta vez no hospital a chefe das enfermeiras, também colecionadora, me deu um proquinho muito fofo que virou porta termómetro.   As enfermeiras do Felício Rocho são muito carinhosas e cuidam de mim com muito carinho. Agora estou feliz de ter passado e vencido mais essa etapa. Cada dia uma vitória, cada internação é menos uma. Minha mãe e todos que me amam estão felizes porque tudo está dando certo. Amanhã Laura e Breno chegam e eu vou me divertir muito. Chegar em casa é muito bom, ainda mais quando a tia Heloisa faz os meus mimos e deixa o meu quarto arrumadinho me esperando.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A vida se constrói de amor

 voltamos para o hospital, o que antes era muito ruim, horrível, agora já há um outro sentido. O hospital é para curar, é menos um dia de tratamento. Ufa! O cateter ( a moedinha no peito) é muito bom, o remedio agora passa por ali e, assim, fico com as mãos livres. O medicamento me deixa cansada por uns dias mas logo recupero minhas energias.  Acho que tenho a força e a coragem de um porco. Sabe que agora nem mais choro, um dia ainda vou contar quantos exames de sangue que já fiz, minha mãe garante que muito mais que muita gente. Aqui no hospital encontramos outras crianças também se tratando, não estamos sozinhos neste barco. Meu tio Mario toda noite faz uma sopa muito boa para a minha saúde. Minha tia Verinha vem do Rio especialmente para ficar comigo, eu adoro! A tia Helô com muito carinho escolhe o cardápio do almoço, a Luiza cozinha com amor e a minha maior alegria é ter o prazer de comer. É tanta gente gostando de mim, cuidando de mim, que só me faz bem. Esse carinho, esse amor é a vida. Ah, quero aqui homenagear a todos que se preocupam comigo e quero agradecer todas energias enviadas.