segunda-feira, 21 de março de 2011

Tsunami

Nao foi muito diferente de um Tsunami o que passou na nossa vida, graças a deus, agora as ondas que nao conseguiram nos engolir, estão mais calmas. A Clarice está enfrentando tudo bravamente e com muita coragem. No ano que passou quase 120 dias de hospital. Nem lembro o que tenho em casa. De um dia pra outro tivemos que tudo deixar. Os amigos, a casa, a vida feliz. Fiquei muito tempo sem poder nem falar, me emocionava muito. Vejo que muitos amigos tb tiveram dificuldade de estar perto. O cancer assusta. Hj nao me assusta mais. Temos fé que Clarice sairá dessa, muito mais fortalecida. Eu aprendi demais, aprendi que paciência, solidariedade, fé, amor e saúde é o melhor presente da vida. Nao precisamos de muito. Hj vejo quanta gente que nem tem sofrimento e sofre por nada. Ainda bem que eu e Clarice temos alegria dentro da gente. Imagino a angústia de muitos em relaçao aos entes queridos no Japao. Qdo teve aquela enchurrada na serra do Rio, matando tanta gente. Pensei, minha filha pelo menos tem a chance de lutar pela vida e as crianças que ali morreram nao tiveram. Quatro delas era do colegio da Clarice. A vida nao é nada fácil, mas ela é bonita de viver e como é bom AMARVIVERAMAR. Sabe que estamos numa época que vamos precisar muito da fé, da solidariedade e do amor.
Um beijo grande para todos que continuam na nossa torcida.

Um comentário:

  1. Querida Clarice,
    Você é poderosa, hem? Sua mãe deve estar muito orgulhosa de você. Aposto que se lembra de mim. Sou a Lucila. Fomos um dia juntas para o Shopping Leblon. Sua mãe e eu fomos assistir uma palestra na Livraria da Travessa. Pensei comigo, será um programa chato pra Clarice. Que nada. Você se divertiu mais que a gente, ficou no meio dos livros muito a vontade. Parecia que eram velhos amigos seus. Depois andando pelo shopping, de novo você surpreendeu. Deslizando num tênis muito chique me acompanhou até o toalete e ainda me esperou para me levar de volta. Já contei esta história um milhão de vezes. É que fiquei encantada. Ao invés da gente cuidar de você, é você quem cuida da gente e nos carrega no colo. É uma grata surpresa. Uma sorte conviver com você.
    Ainda teve mais. Você fez desenhos muito engraçados e, imitando a cabeleireira, fez o cabelo da sua mãe. É verdade que ameaçou usar a mostarda. Mas foi só para assustar. Demos muitas risadas. Foi uma noite muito agradável.
    Estou torcendo pra que voltem logo, daí vamos circular por aí e matar as saudades, que são muitas. Adorei o seu blog, porque agora mesmo de longe temos a sua companhia.
    Muitos beijos pra você e sua mãe, Lucila

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